Mais uma vez a civilização é
posta de joelhos ante a barbárie do horror islâmico radical. No que foi o mais
mortal atentado perpetrado contra o Ocidente desde o 11/09, por volta de 130 pessoas
foram trucidadas a sangue frio em sete ataques coordenados na capital francesa.
Desde o nazismo e o comunismo, nenhuma ideologia foi tão bem sucedida em
fornecer subsídios morais à matança indiscriminada de civis inocentes
desarmados quanto a loucura sanguinária radical islâmica. A carnificina de
Paris é mais um dos recorrentes episódios de selvageria cega motivados por uma
visão de mundo perversa, que enquanto não for seriamente combatida,
desacreditada, ridicularizada e humilhada continuará a produzir vítima atrás de
vítima.
Durante a conturbada
história do século XX poucos momentos foram tão decisivos para o Ocidente
quanto a segunda metade da década de 40, o início dos anos 60 e o fim dos 1980.
Foi nesses tempos sombrios que a sobrevivência da civilização mais urgentemente
dependeu da existência de líderes com a capacidade de ver, entender, enfrentar
e expor sem medo os perigos que ameaçavam tudo pelo que realmente vale a pena
lutar. Muito da força e do prestígio desfrutados ainda hoje pelo Mundo Livre sempre
se deveu à força e à firmeza de caráter de gente como Churchill, Thatcher, Reagan
e Karol Wojtyla, que não tiveram medo de apontar o dedo e enfrentar com coragem
o mal que assomava no horizonte.
É nesses momentos delicados,
onde cada decisão errada ou demonstração de fraqueza pode significar para
milhões a diferença entra vida e morte, liberdade e escravidão, que esses
líderes se fazem mais imprescindíveis. Cada vez que representantes do Mundo
Livre não estiveram à altura dos cargos que ocupavam, legiões de inocentes pereceram.
Depois de nazistas alemães e comunistas soviéticos, ninguém teve mais culpa
pelo inferno que o povo polonês teve de suportar do início da Segunda Guerra ao
fim da Guerra Fria que Édouard Daladier e Neville Chamberlain, cuja covardia e
fraqueza, farejadas por Hitler da mesma forma que um tubarão detecta sangue num
raio de quilômetros, deram ao carniceiro austríaco o impulso que ele precisava
para seguir adiante com seus delírios megalômanos.
É exatamente essa a raiz da
crise de autoconfiança que acomete o Ocidente. Como um câncer que se espalha
sem controle e põe em risco a vida de um organismo outrora saudável, a profusão
de líderes "progressistas", descendentes diretos de Chamberlain/Daladier nada
mais é do que uma injeção de adrenalina nas pretensões tirânicas universalistas
do islã radical, junto com os imperialismos russo e chinês, a mais grave ameaça à Civilização Ocidental da atualidade.
Numa França desarmada, à
mercê da incompetência gritante de um governo incapaz de rastrear terroristas
em atividade há mais de uma década, a barbaridade islâmica radical não poderia encontrar
terreno mais conveniente para praticar livremente suas atrocidades. Como no
caso dos militares americanos que recentemente impediram outro massacre de
proporções cataclísmicas num trem que ia de Paris a Amsterdã, a administração
Hollande vive de esperar que heróis apareçam do nada para agir pelas pessoas
que eles mesmos impedem de se defender. Arrogância inepta assassina é o termo
que melhor define a essência do tipo de mentalidade que tolera ver pessoas
sendo abatidas como gado em nome de agenda ideológica. É a insistência criminosa
de gente como o socialista François Hollande em se opor ao direito de as pessoas
portarem armas para se defender, o que tornou possível que a escória tivesse tempo
de recarregar três vezes enquanto gritava “Alá é maior”.
Se na França já é aterrador
constatar a fraqueza que o "progressismo" impõe ao Ocidente, nos EUA as coisas
tomam proporções ainda maiores. É simplesmente um disparate que o comando do
Mundo Livre esteja nas mãos de um covarde intelectualmente castrado pelo
politicamente correto que tem receio até de pronunciar a expressão “islã
radical”. Na última de suas intervenções circenses, Barack Obama disse que a
carnificina em Paris foi “um ataque à humanidade e a nossos valores universais”. Se já não fosse preocupante e extenuante o
suficiente debater se tamanha estupidez é fruto de sua comprovada incapacidade em
dominar o básico de geopolítica do Oriente Médio (ele descreveu o ISIS como “bando de amadores” e chamou
o Iêmen de "história de sucesso") ou se é
covardia "progressista" pura e simples, pior é constatar que, na melhor das
hipóteses, é por negligência que ele sabota a posição de liderança dos EUA no Ocidente.
Como se muçulmanos radicais estivessem tão empenhados em massacrar chineses,
budistas ou hindus, como o estão em exterminar ocidentais, só um tolo completo
ou um covarde inveterado enxergaria no banho de sangue em Paris algo diferente
de um ato de guerra contra a Civilização Ocidental e aos valores que ela
representa no mundo.
Enquanto isso, em terras
tupiniquins, uma presidente sem noção do ridículo prega o diálogo com radicais
de uma religião intrinsecamente universalista, cujo objetivo final consiste em
nada menos que se sobrepor à força a todas as outras crenças (Corão 8:39). O
Ministério da Justiça, refletindo o preparo dos que ocupam seus quadros, e em
consonância com o pensamento de um ministro de governo despudorado que não se
furta nem de agir como advogado de porta de cadeia se isso convier aos interesses de seu partido, trata jihadistas com cortesia e cobra respeito a eles.
Afora Benjamin Netanyahu,
que é o único líder ocidental a enfrentar o problema do Islã radical com
a seriedade adequada, apenas Vladimir Putin tem agido de forma sensata
no combate ao terror. Da mesma forma que irresponsável e
ingenuamente celebrou os levantes “democráticos” da “Primavera” Árabe, Obama
exige agora a queda de Assad na Síria, se dizendo apoiador de rebeldes
“moderados”. Como se isso existisse fora de seus contos de fada
multiculturalistas politicamente corretos, a afetação "progressista" que o leva a
acreditar nesse tipo de baboseira nada mais é que produto de uma combinação de
um esnobismo ideológico ordinário, que acredita no universalismo de
instituições exclusivamente ocidentais como democracia e direitos humanos, e
de uma ignorância e desinformação inadmissíveis para alguém que ocupa o cargo
mais importante do planeta. Qualquer um minimamente interessado em política
internacional certamente lembra da devoção bovina que alguns setores da mídia ocidental
nutriam em relação a Ahmad Shah Massoud, o carniceiro da Aliança do Norte,
acusado de uma infinidade de massacres durante a guerra civil afegã. Se não
fosse assassinado pela Al Qaeda, cujo líder era considerado outro exemplo de
“moderação” à época da invasão soviética no Afeganistão, certamente estaria perpetrando
atrocidade atrás de atrocidade no vale do Panjshir.
A simpatia por regimes
sanguinolentos, aliás, parece ser uma marca registrada das administrações "progressistas" ocidentais, principalmente na América. Devido às claras afinidades ideológicas
e a uma espécie de tara ancestral socialista por violência, o movimento iniciado
por Brasil, Argentina e Nicarágua, ganhou um status de nobreza com a famigerada
reaproximação de EUA e Cuba. No que não passou de uma tentativa desesperada de
deixar para os cronistas bajuladores "progressistas" algo que possa ser maquiado
como acerto após oito anos de uma política externa desastrosa, a única
serventia desse capricho irresponsável é oferecer uma sobrevida a um regime
assassino moribundo se acabando por sobre as próprias bases. Após tornar o
mundo mais perigoso permitindo o surgimento do ISIS e tornando um Irã nuclear uma
realidade cada vez mais concreta, Barack Obama acintosamente prolonga o
sofrimento do povo cubano só pra poder posar de restaurador das relações de EUA
e Cuba, como se a aproximação com uma tirania sanguinária fosse algo menos que
um insulto intolerável a uma sociedade que se ergueu sobre o extremo oposto do
que o arquipélago gulag representa para o mundo.
Ainda na década de 1920, H.L
Mencken escreveu que todo homem decente se envergonha do governo sob o qual vive.
Graças à influência que as idéias "progressistas" desfrutam atualmente no
Ocidente, o que na época podia ter sido encarado como uma provocação, hoje é
visto como profecia. Se fosse só a vergonha de ser representado por uma
presidente que prega diálogo com grupos de bandoleiros sanguinários e por um
ministro da justiça que não tem competência nem para escolher seus
subordinados, menos mal. O real problema aparece quando dezenas de inocentes
precisam pagar com a vida pela covardia e incompetência dessa gentalha.
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