domingo, 29 de maio de 2022

Mídia Progressista, Propaganda Soviética

 


                As fotos famosas, que originalmente exibiam Nicolai Yezhov e Trotsky ao lado, respectivamente, de Stálin e Lênin, e cujas imagens foram apagadas depois que caíram em desgraça para dar a entender que nunca foram próximos aos líderes soviéticos, são apenas a materialização de séculos de filosofia intencionalmente desenvolvida para tornar possível a manipulação ostensiva da realidade. Sem a pedra fundamental lançada por Descartes e Ockham, a colossal máquina de propaganda dos regimes totalitários seria impossível. Como também o seria o formidável sistema progressista de inversão de valores que tomou de assalto os meios difusores de cultura do Ocidente.


As capas da revista Cosmopolitan promovendo obesidade como ideal de saúde são o equivalente contemporâneo da manipulação soviética de imagens. Se, na década de 1930, a idéia era apagar da memória coletiva a associação entre determinadas personalidades e as figuras de proa do regime soviético, neste caso específico busca-se extirpar do senso comum a correlação lógica entre obesidade e doença a partir do esvaziamento de sentido do termo “saúde”, manipulando-se os ressentimentos de gente doente que vive em negação a ponto de exigir que se mude a semântica das palavras para não se ofender.

Abaixo, a manchete do jornal EXTRA recorre ao mesmo estratagema, desta vez explorando o estado mental perturbado de pessoas com disforia de gênero a fim de embaralhar os conceitos de homem e mulher.


A revista Superinteressante, por sua vez, eleva a distorção dos fatos ao estado da arte. Enquanto denuncia o suposto “extremismo evangélico” numa publicação, em outras relativiza o potencial do islamismo em incitar a violência e o terror, chegando inclusive a exaltá-lo como uma religião que emancipa as mulheres. Um alienígena que acabe de chegar à Terra, ao se deparar com as manchetes vai imaginar pastores neopentecostais explodindo ônibus e manifestações feministas em países muçulmanos.


Esses são apenas alguns exemplos da forma como, tal qual o Ministério da Verdade na obra 1984, os meios de comunicação têm investido na manipulação ostensiva da realidade objetiva com propósitos políticos. Como se usassem a obra de Orwell de manual, esses casos, dentre tantos que se pode testemunhar atualmente, têm o mesmo modus operandi: o esforço de manipulação dos fatos mediante a distorção semântica da linguagem









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